

Amanhã é minha prova final.
SORTE!
Por que estudar…
Não peguei no livro.
🙁
Não sei…
Estudei durante a semana – livro, cadernos, anotações.
Então me entreguei, quis aproveitar os dias, o fim de semana.
Falta pouco para ir embora, já tirei notas com as quais posso contar para passar.
O francês pode ir caminhando, a vida não espera.
Últimas andanças, já naquela fase em que conheço todos os lados.
A rua, as estações, o mercadinho bacana, o bistrô que tem algo mais.
Quero mais ver pessoas do que coisas.
E tomar minha champanhotinha sem amolação.
Um pouquinho só.
Porque o “demais” cansa.
Penso:
será que a rebeldia me ataca?


Se atacar, pode vir serena porque eu já te conheço, danada.
Hoje fui a uma chapelaria. Eu fico bem enchapelada.
Pareço alguém que parou no século passado.
Saí feliz com minha sacolinha de panamás do Equador, Deneuve do agreste, um ideal para uma anti-cabeça-molhada-de-chuva, uma boina de linho.
Passado.
Talvez e justamente seja por isso que eu ame Paris – mesmo que a primeira vez tenha deixado apenas um álbum de fotos tiradas do alto da Tour Eiffel.
Torre que desta vez vi só lá de baixo, como se eu fosse um bicho-de -pé preguiçoso e um tanto indiferente ao que todos querem ver de cima.
Achei essa citação do Camus em português – em francês, não achei a “tal frase” original.
Mesmo assim, gostei.
Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado.
(Albert Camus)
E estas eu sei que são dele mesmo:
“Il est vrai peut-être que les mots nous cachent davantage les choses invisibles qu’ils ne nous révèlent les visibles.”
“Le grand courage, c’est encore de tenir les yeux ouverts sur la lumière comme sur la mort“