
Sair de esquadro.
Uma volta de carro e gritos histéricos de liberdade só para chegar em casa e sentir-me inteira novamente.
Gritos em silêncio.
Sentir o sol, o vento, ver os pelos muy eriçados.
Querer fugir de tudo o que me obriga. Como você.
Como todo mundo.
Fugir tendo os pés fincados no chão.
E, mesmo assim, voar.
Aceitar tudo o que não me cabe.
Não caber em mais nada.
Que serenidade é essa que me faz fugir do espelho?
Não ter mais aquela fome.
Aproveitar cada pequeno segundo que – ah, ironia – não cabe mais em um minuto.
Ser grande e saber que não sou nada.
Eu sei (?)
Despedir dos amados.
Levantar e seguir pela estrada. Só.
E desaprender a viver nessa solidão que um dia foi tão minha.
Uma segunda-feira.
Gosto de amora preta na boca.
acho que voce encontra a solidão de todo modo, é a condição nossa, interna, inevitável, solidão que faz companhia a outras solidões
ah, encontrei naquele verão camusiano que recebi há tanto tempo de ti as imagens mais bonitas das últimas semanas – e como resultado, uma melancolia enorme de algo que só ele viveu…
Penso que te entendo. Meu verão jamais se repetirá. O dele então…
Não sei.
A minha natureza é muito social.
Preciso fazer um grande esforço para encontrar a solidão.
E ela me escapa…
sim, sim. mas é sempre você sozinha com os outros, você sozinha com j., você sozinha com alice, com o verão, com uma colorado pale ale, com a r. faro.
Será mesmo?